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Felipe Perazza é Designer Gráfico, especialista em Marketing, formado em Design (Desenho Industrial) pelo Mackenzie. Compartilha aqui no blog do Andarilho o que aprende na teoria e o que aplica na prática. É também o apresentador do Canal da Andarilho no Youtube e no Instagram.

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Aumentando a audiência no Instagram: nossos experimentos e resultados

Atualizado: 17 de jun. de 2019

Confira alguns experimentos que realizamos no perfil da agência e de alguns clientes e o que conseguimos concluir a partir deles para otimizar a aquisição de seguidores, construção de autoridade e crescimento da marca.



O Instagram tem ganhado muito destaque nos últimos meses não apenas pelos usuários, mas também pelas empresas.


Seja pela simplicidade que a Rede Social oferece, em comparação com Facebook e Linked-In por exemplo, seja pelo crescimento do uso dos Stories, o fato é que o Instagram caiu nas graças do público em geral que utiliza mídias sociais no dia-a-dia.


Estudo da Rock Content mostra ligeiro crescimento do Instagram e queda do Facebook em comparação entre 2018 e 2019

E, acompanhando essa tendência, as empresas passaram a focar mais seus esforços na conquista de audiência nessa mídia.


Parte do serviço que prestamos aqui na Andarilho Design é a assessoria em mídias sociais, seja na produção de conteúdo, seja na estratégia de marketing para aquisição de audiência, leads e clientes por meio desses canais.


Portanto, é comum no nosso dia a dia realizarmos experimentos para encontrar as melhores ações para atingir essas metas. Tais experimentos ocorrem não apenas nas contas dos nossos clientes, mas também na nossa conta @andarilhodesign e @andarilho.foto


Compartilhamos aqui alguns insights insteressantes.


1. O velho truque de seguir e parar de seguir funciona mas simplesmente não vale a pena


Existe um truque muito simples para crescer seus seguidores no Instagram. Trata-se de seguir diversos perfis e esperar que eles o sigam de volta. A tática traz ainda mais resultados se você curtir alguns posts do seu público-alvo nesse processo.


Como o Instagram só permite que você siga 7.500 perfis, ao atingir essa marca você terá que deixar de seguir milhares de usuários para repetir o processo todo.


Essa estratégia funciona? Sim, e ousamos dizer que, em termos de aquisição de seguidores, é provavelmente a forma mais eficaz. Realizamos a tática mais de uma vez e estimamos que cada vez que você atinge a marca de seguir 7.500 você recebe de volta 2.000 seguidores.


Foi assim, por exemplo, que conseguimos seguidores no perfil @falcao.wushu, um perfil de um projeto pessoal meu e de um colega voltado para artes marciais.




Entretanto há alguns fatores que fazem com que esse método simplesmente não valha a pena.


O primeiro ponto é a questão mais fundamental das mídias sociais para empresas:


Você deve ser seguido pelo que você é.

Sabemos que é tentador ter um grande número de seguidores. Mas eles devem ser seguidores que optaram por te seguir porque gostam do seu trabalho e admiram a sua empresa ou a sua pessoa. Ter um punhado de seguidores que não sabe quem é você e simplesmente te seguiu por puro reflexo não ajuda a construir autoridade.


O segundo ponto é o engajamento.


Analisando a taxa de engajamento (curtidas e comentários) do perfil @falcao.wushu é possível perceber como há muito menos interação do público do que nos perfis que não usaram essa tática. Veja uma comparação com o perfil @andarilhodesign



Isso se dá justamente por que essa estratégia de seguir e parar de seguir atrai um público pouco interessado na sua marca.


O terceiro ponto é o tempo. Seguir 7.500 perfis me custou horas e horas de trabalho. Deixar de segui-los foi ainda pior, pois envolvia mais cliques no processo. No final das contas o tempo investido foi enorme para pouco resultado efetivo.


Seguidores não dão dinheiro, afinal. Construir autoridade sim, mas a longo prazo.

Ainda assim não vale o esforço. As horas gastas nesse processo de seguir / parar de seguir poderiam ter sido usadas na criação de conteúdo e campanhas pagas. O resultado certamente teria sido melhor.


Existem ferramentas que oferecem essa automação de seguir perfis e deixar de segui-los. Isso pode te salvar esse tempo de trabalho, porém ainda assim não recomendamos visto os pontos mostrados anteriormente.


2. Comprar seguidores também é furada


Comprar seguidores, assim como comprar uma lista de emails, é um dos piores negócios que você pode fazer no marketing.


Uma das primeiras coisas que orientamos nossos clientes é a construção de uma lista de contatos do zero. Quando você começa do zero, você tem a certeza de que todos naquela lista possuem um mínimo de interesse na sua marca.


Foque em conseguir seguidores realmente interessados em você

Já atirar a esmo para pessoas totalmente desconhecidas é jogar dinheiro fora.


Com o Instagram não poderia ser diferente. Existem diversas empresas que comercializam seguidores. Além de ser uma prática que vai contra a política da plataforma, você estará falando com uma audiência que não tem interesse e provavelmente desconhece a sua marca.


Qual o resultado disso? Engajamento baixo.


Um dos perfis de um colega que acompanhamos realizou a compra de seguidores. Em pouco tempo constatamos uma queda no engajamento de mais de 30%.


Além disso há outro fator que colabora para essa estratégia ser uma furada completa:


Os usuários deixam de te seguir

Isso acontece também com a estratégia anterior, de seguir e parar de seguir. Assim como você deixou de seguir muita gente, elas também te deixarão. Ninguém permanece por muito tempo com uma marca que não se identifica. Dia após dia após a compra de seguidores do nosso colega, avaliamos juntos uma queda constante do número de seguidores.


3. Sorteios são uma boa, mas precisam de investimento


Vamos entregar logo o jogo.


O método que mais funcionou na aquisição de seguidores no perfil da @andarilhodesign foi o sorteio.


Desde que inauguramos o perfil realizamos 2 sorteios: o primeiro foi em parceria com o nosso cliente Canal do Barba Ruiva e 1 por conta própria.


O primeiro sorteio nos trouxe aproximadamente 90 seguidores e o segundo e mais eficiente trouxe 620 seguidores.


Post do sorteio teve 692 curtidas e 2.985 comentários

No total foram mais de 700 seguidores que decidiram nos acompanhar. Mas engana-se quem pensa que apenas o post do sorteio com o pedido para marcar amigos é suficiente. O engajamento orgânico tem caído cada vez mais não apenas no Instagram, mas em várias outras mídias sociais.


As plataformas, como toda empresa, querem dinheiro. Foi preciso impulsionar os posts para que eles atingissem mais gente interessada na brincadeira.


Mas quanto investir no impulsionamento?


Isso deve estar alinhado ao produto ou serviço a ser sorteado.


No sorteio de mais sucesso, gastamos R$100 de impulsionamento. Por se tratar de um livro, acreditamos que o valor foi suficiente para atrair gente interessada. Entretanto serviços muito específicos precisam de um valor maior para que a ferramenta busque pessoas com aquele perfil e mais localidades.


Foi o caso do primeiro sorteio e o menos eficiente. Sorteamos um logotipo. Existem muito menos pessoas interessadas em ganhar um logotipo do que um livro, concordam? Porém investimos o mesmo valor, R$100. O resultado foi de 90 seguidores. Investindo mais, provavelmente teríamos alcançado mais pessoas.


Mas é preciso ver se vale a pena ou não. No nosso caso, não queríamos gastar muito, já que o trabalho do logotipo em si já é bastante custoso.


Conclusão


  • Evite comprar seguidores.

  • Evite contratar ferramentas que atraem seguidores via seguir/deixar de seguir. Isso só vai aumentar o número de seguidores a curto prazo, mas o seu foco deve ser sempre no engajamento.

  • Seguidores adquiridos nessas 2 formas acima vão deixando de te seguir ao longo do tempo.

  • Sorteios podem contribuir para o seu crescimento, mas precisam de cuidado e estratégia.

  • Lembre-se sempre de construir autoridade na sua área de atuação. Para isso o melhor caminho é produzir conteúdo de qualidade, contribuir com sua audiência com informações importantes para a sua área e gerar interação.


 

Felipe Perazza é Designer Gráfico, Fotógrafo e Videomaker. Formado em Design pelo Mackenzie, possui especialização em Branding Pelo Senac, em Marketing e Vendas pela Mauá e em Marketing Digital pela Udacity.

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