A sociedade, movida principalmente pela tecnologia, muda constantemente. O comportamento humano está cada vez mais acelerado, inteligente e tecnológico. Como então o designer faz para projetar produtos e interfaces para as futuras gerações? Confira nesse papo com o professor Alexandre Iervolino.
Você talvez tenha 30 anos. Ou talvez 40. Ou até mesmo pode ter seus 25. Independente da idade, pense em como você era há 10 anos. Provavelmente seu comportamento e seus interesses eram completamente diferentes de hoje.
Certamente sua forma de viver mudou por causa da tecnologia.
Há 10 anos se o seu celular tocasse vídeos você já poderia ser considerado um early adopter. Nessa época o Facebook ainda não tinha engatado no Brasil. Instagram e Netflix não existiam. O Windows 7 acabava de ser lançado.
Muita coisa mudou desde então e, tenho certeza de que você não imagina viver hoje sem algumas facilidades que a humanidade conquistou graças à tecnologia.
Pense agora nos designers, diretores e pesquisadores que estavam por trás dessas ferramentas que hoje são tão comuns. Como eles conseguiram projetar algo que a humanidade nem sabia que precisaria?
Afinal, como projetar para novas gerações, sendo que o comportamento desse pessoal ainda é desconhecido?
Trata-se de um desafio constante e sem receita de sucesso.
A observação, nesse caso, ainda é o melhor caminho. Cabe ao designer observar, refletir e trabalhar em soluções que, embora não sejam as prioridades para ele, podem vir a ser para as próximas gerações.
Crianças e jovens
A melhor forma de mergulhar no universo das novas gerações é, sem dúvidas, conviver com crianças e jovens.
Nada de preconceito aqui. Se você quer ter uma chance de sucesso em projetos pra novas gerações, deve conviver com pessoas mais novas. Observe tudo. Anote os insights. Trabalhe duro e afine as ideias.
O trabalho com crianças, adolescentes e jovens certamente irá te trazer novidades. Você saberá o que os motiva, o que eles buscam e que conteúdo eles consomem. Talvez consiga compartilhar seus sonhos e ideais.
Aí é a hora que você, como designer, poderá participar. Leve as ideias para sua empresa. Lute por elas. Apresente-as como projetos viáveis e lucrativos e, caso tenha sucesso nessa primeira etapa, provavelmente seu projeto atingirá o sucesso ao ser usado e compartilhado pelas novas gerações.
E caso não seja, não se preocupe. Passe logo para a próxima ideia e boa sorte!
Felipe Perazza é Designer Gráfico, Fotógrafo e Videomaker. Formado em Design pelo Mackenzie, possui especialização em Branding Pelo Senac, em Marketing e Vendas pela Mauá e em Marketing Digital pela Udacity.
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